quinta-feira, 5 de julho de 2012

SUBMUNDO

Num belo dia, recebo um email, com o título: Riffs, enviado pelo Ted. Fiz todo o processo de abrir e baixar para o meu PC. Quando abri, ouvi o que viria a ser a introdução de “Submundo”. Achei o máximo o Riff e disse para Ted que deveríamos investir nela, compactuamos do mesmo sentimento. A primeira parte já estava pronta nessa gravação, mas a música não tinha refrão. Eu e o Ted fomos para nosso estúdio e ficamos tentando dar corpo a música, ela estava tomando a formas que queríamos, porém o refrão insistia em não sair. Depois de várias tentativas, eu disse ao Ted: “Cara, o refrão precisa vir explodindo, algo que eleve a adrenalina, algo pra cima”. Pronto, foi o que precisava para o Ted criar o refrão, “brutalmente certeiro” para o que música precisava. Combinamos que o Ted gravaria toda ela, a parte que já existia e a que criamos juntos, para me enviar para compor a letra.

Feito som, era só criar a linha de voz e escrever a letra. Resolvi seguir a levada da guitarra, quase vocalizando as notas. Apenas no refrão que criei uma linha diferente. A letra tem a ver com uma situação, criada, de alguém que vive uma vida desregrada, sem freios, livre de moral. Num meio cheio de atitudes ilícitas, o personagem vive envolto a confusões e situações que podem o colocar em risco, porém ela não quer saber das conseqüências e sim do que aqueles momentos de “loucura” *, (depende do ponto de vista) *, podem trazer de alívio e felicidade. Como todos os excessos trazem conseqüências, na maioria das vezes cruéis, escrevi:

“Qualquer sentido que pegue vai te levar
A uma vela que queima
Tão feroz nas duas pontas
E um curta metragem é o sinônimo da sua vida”

E o refrão vem com o aviso no mesmo contexto, sobre o que as atitudes refletem nas conseqüências e sobre a fugacidade de momentos pontuais de transbordo.

Na gravação, a realizamos de maneira rápida e no refrão todos nós cantamos juntos: “PEGUE O TREM”, para reforçar a sensação de adrenalina “latejante” da música. Na Introdução,depois do som do trem, o início da gravação é similar a versão de “Night Train” do Guns n’ Roses, na versão ao vivo. Uma brincadeira feita pelo produtor Vini, que por saber que o “Guns” se trata de uma influência, pediu para que fizéssemos alguns sons separados, que na hora, não tínhamos entendido. Só fomos ver que havia ficado deste jeito quando ouvimos a Master final. Adoramos!

Marcos Delfino

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