Feito som, era só criar a linha de voz e escrever a letra. Resolvi seguir a levada da guitarra, quase vocalizando as notas. Apenas no refrão que criei uma linha diferente. A letra tem a ver com uma situação, criada, de alguém que vive uma vida desregrada, sem freios, livre de moral. Num meio cheio de atitudes ilícitas, o personagem vive envolto a confusões e situações que podem o colocar em risco, porém ela não quer saber das conseqüências e sim do que aqueles momentos de “loucura” *, (depende do ponto de vista) *, podem trazer de alívio e felicidade. Como todos os excessos trazem conseqüências, na maioria das vezes cruéis, escrevi:
“Qualquer sentido que pegue vai te levar
A uma vela que queima
Tão feroz nas duas pontas
E um curta metragem é o sinônimo da sua vida”
E o refrão vem com o aviso no mesmo contexto, sobre o que as atitudes refletem nas conseqüências e sobre a fugacidade de momentos pontuais de transbordo.
Na gravação, a realizamos de maneira rápida e no refrão todos nós cantamos juntos: “PEGUE O TREM”, para reforçar a sensação de adrenalina “latejante” da música. Na Introdução,depois do som do trem, o início da gravação é similar a versão de “Night Train” do Guns n’ Roses, na versão ao vivo. Uma brincadeira feita pelo produtor Vini, que por saber que o “Guns” se trata de uma influência, pediu para que fizéssemos alguns sons separados, que na hora, não tínhamos entendido. Só fomos ver que havia ficado deste jeito quando ouvimos a Master final. Adoramos!
Marcos Delfino
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